Plutão como Senhor da Morte


Até a descoberta de Plutão, Saturno era o Senhor da Morte. Saturno representa a Morte como Senhor do Tempo. A ele pode se associar a determinação da duração da vida, mas quem governa na passagem da vida para a morte e no reino da morte é Plutão e os deuses e deusas que habitam o planeta Plutão, como Omolu, Hades, Diabo.


Atitude diante um fim de ciclo
Saturno determina o fim e Plutão faz acontecer.  Plutão reina na finalização definitiva dos ciclos. No impacto do golpe de Plutão se morre, finaliza um estado de coisas, uma forma de se ser, para nunca mais voltar.

Existem dois jeitos estremos de se processar a passagem pela perda, morte, finalização definitiva plutoniana:
  • por um lado: luto, dor, sofrimento, condenações, maldições;
  • por outro: despojamento, agradecimento, alegria.
Muitas pessoas não sabem que o jeito com que respondem aos estímulos é automático, foi aprendido, e assim pode ser mudado, reprogramado.

A forma automática de se responder aos desafios é introjetada do sistema familiar e cultural. Por isso a pessoa deve observar seu comportamento e decidir pelo jeito que sente mais conveniente responder. Tem pessoa que pensa que está condenada a se comportar do jeito que aprendeu, ainda que este jeito esteja provocando mal estar, dor, sofrimento.

Exemplo do fim de um relacionamento num momento de plenitude

Imagine um casal de amados amantes num momento de esplendor da relação. De repente, um dos amantes conta emocionado para o outro que conheceu um novo amor-tesão, ainda mais forte que o que eles vivem, e que ele vai se entregar a esse novo amor. Que ele o ama muito, muito, gosta dele muito, mas esta surpreso com a força que esta sentindo que tem que finalizar o relacionamento e se entregar ao novo amor.

A resposta tradicional automática é o amante se sentir traído e se dar o direito de ficar bravo, violento, fazer todo um discurso sobre a deslealdade, desconsideração, amaldiçoar o novo relacionamento do amante, proferir terríveis maldições para sua vida, culpa-lo pelo seu sofrimento, fazer o papel de vítima traída para familiares e amigos, e por aí vai...

Mas também é possível outro tipo de resposta. Exemplo: o amante escuta com atenção cada palavra e junto vive a alegria de seu amado ter encontrado um amor ainda mais pleno e diz:

"meu amado, amante que alegria que você está feliz, e que encontrou  um amor ainda mais intenso, forte e cativante que o nosso. Vá, seja feliz. Saiba que eu o adoro, e sou muito grato por tudo o que me propiciou".

E o deixa ir com alegria.

Você pode achar que este comportamento é impossível, mas pense: este amante despojado tem outros princípios, outra cabeça.

Esta pessoa quer junto a ela só o que lhe corresponde, o que está com ela, porque assim a pessoa muito quer. Ela aceita também a morte, o fim das coisas. Assim se o seu amado tem que estar com outra pessoa, não é para estar com ela e por isto ela deixa ir.

Ela sabe que logo encontrará outras pessoas que querem estar com ela. Ela não coloca sua vida em função de ter alguém. A diferença do costume esta pessoa não quer ter ninguém, ela desfruta de quem flui estar junto. Quando chega o fim, ela agradece, pelo que viveu, e aceita o fim.

Este jeito de se ser, pode ser um absurdo para uma pessoa programada por hollywod e as telenovelas da globo, onde as perdas são vividas no drama e nas emoções chamadas negativas.

Observe, quando uma pessoa se separa de outra com condenações e maldições, custa aparecer um novo amante. Quando uma pessoa se separa de outra com aceitação, agradecimento, sempre será querida e lembrada pelo amante, assim como outros amantes logo aparecerão. Isto é uma consequência natural do astral da pessoa. O coração que irradia adoração, gratidão, beleza, é um imã que atrai, seduz. Enquanto que um coração amargurado, sofrido, vingativo, atrai dor, desgraça.

É útil observar o jeito como se costuma finalizar ciclos, e ter coragem para se reprogramar, no caso que esteja afim de inaugurar um novo jeito de agir diante de finalizações, rupturas, separações.

Todas as perdas e finalizações definitivas são sempre impactantes, sem lugar a dúvidas, mas ao mesmo tempo naturais, essa a regra do jogo deste mundo.

Aceitar a Morte, o Fim é uma arte e uma bênção.

Plutão, como conselheiro, diante o início de uma nova etapa na vida
Plutão ensina, para que algo novo possa nascer, o jeito antigo tem que morrer, para não mais voltar.
Exemplos de mudanças plutonianas:
  • uma mudança de casa. Se a pessoa sai definitivamente de uma casa, não volta mais. Monta uma nova casa.
  • a passagem do colegial para a universidade. Muda-se de prédio, professores, colegas, estudos.
  • a bênção que é ter um filho, que exige dedicação total, especialmente da mãe, nos primeiros anos. A mãe vai ter que aceitar sua perda de liberdade, de tempo para fazer suas coisas pessoais, etc. A vida da mãe é uma antes e outra depois de ter um filho.
  • casar dentro da convenção, exige uma mudança radical de comportamento e costumes - por exemplo: todo dia, em princípio, dormirá com sua companheira; perde-se a liberdade de namorar com outras pessoas
  • começar a trabalhar. A vida muda totalmente. Agora terá horários, responsabilidades. Ganha-se dinheiro, prestígio. Por outro lado se perde a liberdade para viajar quando dá vontade, ficar a toa, se divertir, dar a atenção que se gostaria à família, etc.
Plutão cobra rigorosidade despojamento com o que se finalizou, para poder iniciar e dar andamento a uma nova etapa, de outro jeito terá que se viver o novo carregando o morto.

Plutão ensina que saber finalizar, é condição básica para poder iniciar algo novo. Iniciar nova etapa, exige que se consiga desapego de velhos costumes, apegos, acomodamentos, padrões de comportamento e relacionamento.


Ritual de separação, de desligamento
Na nossa cultura existem rituais de consagração e proteção para o início de relacionamentos, mas não para o término, finalização. Por exemplo, existe um ritual requintado para o casamento, e não para a separação, descasamento.

Assim como se reúnem pessoas, diante de Deus e a Lei, para selar e proteger uma união, deveria reunir-se também pessoas, diante de Deus, amigos e familiares, para desfazer o combinado. É importante que todos os envolvidos consigam realizar a consagração do descasamento, e se disporem a ver os ex-casados como livres. Muitas vezes, filhos, sogros, amigos têm dificuldade de aceitar a separação e sem querer, colocam obstáculos às novas vidas dos ex-casados.
Os desligamentos e finalizações, em geral, são mal ritualizados. As pessoas, em geral, têm dificuldade de enfrentar com clareza, generosidade e amor as separações e finalizações.

O impacto da morte, perda, separação exige atenção e ritualística generosa para a pessoa conseguir processar, esclarecer, se situar e poder se abrir para o novo. Enquanto o morto não for devidamente enterrado, Plutão estará presente se manifestando perturbador na mente, na alma, muitas vezes levando a pessoa para o Umbral.
Cada um tem que encontrar um jeito pessoal de ritualizar sua relação com a separação, perda, mortos, morte. Enquanto isto não for conseguido, se corre o risco de ficar carregando o passado, e os mortos.

O passado chama

Se o passado chama, deve ser atendido, escutado, até conseguir de vez o tranquilizar
Quando o passado chama, coisas e pessoas do passado continuam presentes, ocupando a mente e o coração, deve-se parar e encarar com coragem o que está acontecendo.

Existem várias técnicas terapêuticas de pesquisar o passado. No caso de não dispor de nenhuma, na sua mente reconstrua as cenas traumáticas ou desejadas que vem do passado, se permita falar na sua imaginação com cada pessoa presente nos seus dramas do passado, até sentir que falou e escutou tudo o que queria.

Ao finalizar olhe para cada um, sinta do fundo do seu coração e pense:
1) que "você "encontre a felicidade, que seja verdadeiramente feliz
2) que se liberte do sofrimento
3) que encontre as causas da felicidade
4) que se liberte das causas do sofrimento
5) que se liberte totalmente de suas marcas carmicas, condicionamentos
6) que desenvolva uma lucidez que acompanha o olhar; e ao olhar todas as coisas, a lucidez estará presente
7) que use a lucidez em beneficio dos seres
8) que sinta uma enorme "alegria" por colaborar com o bem-estar e a felicidade dos outros.



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Mesmice, rotina, pactos, repetição do passado
Umas das formas iludidas de se pensar que se escapa da Morte, é através da rotinamesmice no dia a dia, onde aparentemente o tempo não passa, e nada muda.

Tudo sempre igual, dá uma sensação de segurança para algumas pessoas, que só acordam que o tempo passa, quando se olham direito no espelho. Neste tipo de pessoas, quando Plutão natal é ativado, ou quando Plutão em trânsito pega o Ascendente ou planetas pessoais, a pessoa arrepia, entra em crises, desespera.

No mundo onde reina a rotina, os personagens delineados e os enredos codificados, as verdades da alma são guardadas a 7 chaves, se reprimem as tentações, se tomam os maiores cuidados para que nada saia do trilho traçado. Os casados, dormem todos os dias juntinhos, mas sem falar nada que possa comprometer a rotina sagrada. As pessoas se relacionam através de papéis, com atributos, características, funções e rituais muito bem definidos.

Quando Plutão, a Morte se manifesta nestes mundos o impacto é muito forte e traumático.
É aconselhável para quem se encontra nesta situação, que de um jeito de ir se aproximando mais das suas verdades, que aprenda a desarmar medos e paranoias e que aprofunde no seu diálogo com a morte.

Se eu puder viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito. Relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria até menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria para lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...” Jorge Luis Borges


Os ocidentais se consideram imortais
Observe que na nossa cultura se vive para o futuro: o dia em que me graduar, o dia em que encontrar a minha alma gemea, o dia em que meus filhos crescerem, o dia em que tenha isto e aquilo. O presente sempre é uma preparação para algo futuro. Estou tomando banho porque vou sair, coloco a roupa para sentir bonito, e enquanto isso vou pensando tudo o que tenho a fazer, o que pode acontecer... Sempre em qualquer lugar, menos no aqui e agora.

Sempre acumulando, arrumando, aprimorando para um dia... e quando vai ver a vida já foi.

Esse de jeito de se viver, na incerteza atual que se tem do futuro, é estressante.

A pessoa quer que as coisas fiquem iguais, as pessoas no seu redor se comportem como ele espera. Mas isto já não é possível mais, acabou a garantia da mesmice.

A rigor se conseguíssemos viver no Agora, não se precisaria saber o futuro, porque ele não existe como coisa concreta em si, determinada, é só uma consequência de o que fazemos no presente. Se pensarmos bem, a razão dessa angústia com o futuro é que a principal e mais assustadora consequência da Impermanência, é que “nós somos seres que vamos morrer”, todos, sem exceção.

A ideia da morte é um tabu para os ocidentais em geral. A morte é sempre a dos outros e não a minha. Somos como crianças que fecham os olhos no jogo de esconde-esconde e pensamos que assim ninguém pode nos ver. E vivemos alegremente o samsara, esse mundo das ilusões. Hipnotizados por essa coisa ilusória mas convincente que é variedade de percepções, nós vagamos perdidos nesse círculo vicioso do samsara (Sogyal Rinpoche).


Quem somos?
Talvez a razão mais profunda de termos medo da morte é que não sabemos quem somos. Nossa “identidade individual” depende do nosso nome, documentos, biografia, amigos, família, lar, emprego, cartão de crédito, etc.. Nisso apoiamos nossa segurança. Se isso for retirado, quem somos? É por isso que queremos muitas coisas por fazer, metas a alcançar, propósitos a realizar, barulho, agitação, para não ficarmos em silêncio, frente a esse ser desconhecido e estranho que há em nós. 

O que chamamos de personalidade é apenas um fluxo mental. Para onde foi o se sentir bem de ontem? As circunstâncias mudam, as influências também, e nós mudamos junto. Somos impermanentes como as influências. O grande desafio é que nos achamos imortais, pela forma que agimos e vivemos. 

Montaigne disse que “não sabemos onde a morte nos espera: então vamos esperá-la em toda a parte. Praticar a morte é praticar a liberdade. Quem aprendeu a morrer, desaprendeu a ser escravo. 

A sociedade moderna, cria seus membros afastados da Verdade. É a promoção da ilusão e de suas distrações. Ele se alimenta da ansiedade e depressão, que ele mesmo produz, num círculo vicioso sutil, que só conseguimos perceber na meditação.

É preciso deixar as coisas irrelevantes, e buscarmos a simplicidade, trabalhar, consumir e desperdiçar menos. O segredo da vida equilibrada é simplicidade.

Simplicidade nas nossas vidas, mesmo quando vivenciamos o êxtase das experiências interiores. (Sogyal Rinpoche)


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Morrer a cada instante
Plutão ensina que para viver, é preciso morrer a cada instante. A morte mais que atemorizar, revela segredos do bem viver.

Tudo é transitório, impermanente. Só se existe no instante. No entanto, costuma-se ver o instante presente como transição para conquistas que prometem realização, felicidade no futuro. E assim, se vive em função de um dia encontrar o grande amor, ficar rico, se realizar profissionalmente. A vida, neste jeito de ser, sempre está no futuro, condicionada a ilusões e sonhos.

Vive-se na chatice, num pesado e sofrido presente, para um dia, quiçá, realizar uma meta, um sonho. Carrega-se o tempo, perde-se a vida na rotina, os relacionamentos são submetidos a formalidades e regulamentos. A verdade presa na boca, o tesão nem pode aparecer fora do combinado, o olhar foge. Fora de si e do presente, vive-se, na esperança de que um dia as coisas vão melhorar.

Nem pensar na morte, nem pensar em mudar. Medo. Umbral. Atacam pensamentos repetitivos que buscam liberdade sem encarar a real, por isso voltam ao umbigo desesperados, até cansar, dormir, acordar embriagado de sonhos e a pesada realidade a encarar, sem força, sem brilho, mecânico, formal. Este o destino de quem foge da Morte.

Plutão, o Senhor da Morte, não amedronta por simbolizar a morte, mas por denunciar onde se está morto, o que está morto. E em contrapartida indicar o caminho da Vida. Ele leva com ele o morto, e se a pessoa não acorda para a vida, a leva também.

"... a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos." Rubem Alves.


A Morte pode acontecer a qualquer momento
Plutão ensina que a Morte pode acontecer a qualquer momento, e com qualquer um. Que tudo o que se possui, se pode perder. Que qualquer situação pode mudar. Isto é uma realidade. 

A todo momento, a cada instante, tudo muda. Cada instante é uma oportunidade para experimentar o desconhecido, para se surpreender consigo mesmo e com o de fora. A vida é o desconhecido.

Mas a inércia da máquina, faz resistir ao novo, fixar em parâmetros limitados, fazer a leitura de que tudo continua igual. Assim por um lado, a oportunidade para acordar para uma vida em constante mudança e por outro, o automatismo que se fixa em suas funções cotidianas de sobrevivência num mundo onde nada muda. A pessoa poderá fazer todo o esforço que quiser para fugir, mas logo chega a hora da Morte, da perda, sem aviso, e nesse momento a pessoa não vai conseguir fugir mais. 

Em muitos povos, a Morte é cultuada como Mestre que aconselha, orienta, encoraja, esclarece, protege. E em muitas casas, como no México por exemplo, criam-se santinhos e altares a ela. 

Uma vez li, que nas cidades onde o cemitério está num lugar visível e central, existe mais respeito à vida.

A vida ensina que é muito bom, aceitar que a Morte está por perto e mais: que podemos dialogar com ela. Quando se consegue isto, a Morte passa a ser conselheira e aliada para a vida. Nela podemos encontrar força, poder, coragem para a vida.

Plutão ensina que só existe o aqui e agora. Isso é a verdade! No próximo instante tudo pode mudar, para melhor ou pior.

Plutão o Senhor da Morte, mestre da Vida

tesão pela Morte
Sentir a Morte por perto, acende o tesão, mobiliza, acorda a Vida. A medida que namoramos a Morte, que nos permitimos sentir tesão pela Morte, a vida revela sua riqueza.

Elaboremos juntos um ritual de preparação para a Morte. Experimente os seguinte roteiro e compartilhe:

Preparação para a Morte

1. Escreva sobre 12:
  • coisas que gostaria realizar antes de morrer
  • coisas que se arrepende na sua vida
  • experiências gratificantes, felizes que valeu a pena viver. 
 Elabore seu testamento com orientações claras do que fazer com suas coisas, posses, dinheiro

2. Escreva sobre o que vai ser difícil se desapegar quando morrer

3. Se morrer agora mesmo, deixa documentos, escritos, fotos, vídeos, objetos, que não gostaria que as pessoas tivessem acesso? Antes de morrer, você gostaria escrever, falar algo para seus próximos, para todos? Escreva.


4. Qual seria o impacto de sua morte para sua família? Medite sobre seu relacionamento com familiares e sentindo a morte como conselheira, perceba onde gostaria mudar.

5. Como gostaria de morrer? Como gostaria que fosse sua morte? Se você tiver filhos, medite como fica a vida de cada um deles se morrer. Observe o que mudaria no relacionamento com eles, tendo a morte como conselheira.


6. Quando morrer, como quer que seja o ritual de seu velório? Como quer que seja o ritual de seu enterro? Que quer que façam com seus ossos e mais tarde com suas cinzas? Imagine seu velório acontecendo. Escute o que as pessoas presentes no velório falam. Observe o que cada um sente de você.

O dinheiro para custear os gastos de seu velório e enterro já esta reservado?


7, Lembre das pessoas que mais amou e conseguiu construir uma relação feliz. Lembre as que te fizeram sofrer ou você fez sofrer. Fale com cada uma delas como se fosse morrer logo depois das encontrar. Experimente escrever estas falas.

8. Que tipo de morte não gostaria de ter? Em que situação não gostaria de morrer? Que medos você tem da morte? 


9. Qual a sua visão da morte? Que pensa que vem depois da morte? Qual a sua teoria sobre o que é a morte? Escreva.

10. Se soubesse que vai morrer agora, está pronto para a passagem?
Como mudaria sua vida, se soubesse que vai morrer:
  • em um ano
  • em 6 meses
  • num mês
  • numa semana
  • num dia
  • numa hora
  • agora
11. Como imagina que as pessoas vão lembrar de você quando estiver morto?:
  • as mais próximas (familiares, amantes-amados e amigos)
  • as pessoas com quem estudou, trabalhou, conviveu
  • a sociedade  Depois da sua morte, por quanto tempo acha que será lembrado? Quem serão as últimas pessoas a lembrar que você viveu? 

12. Viva por um período como se estivesse morto. Determine antes, a duração do período.


13. Escreva um diálogo com a Morte


O ceifador
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Aline C. Costa
Eis que lhe aparece o Ceifador,
Eis que lhe aparece o Ceifador,
sua túnica preta, sua foice.
Não lhe é permitido gritar por socorro
só existe o seu ser e a morte,
ser este que se extinguirá em segundos,
quem serás tu?
O teu entendimento de si é o nada...
Não existe mais o eu,
não existe mais a essência da vida
todos morrem um dia,
Maldito sejas tu cobra venenosa que nos assola com a morte
porque tentar o homem?
Porque te satisfaz vê-lo rastejar perante a morte.
O que resta são apenas lembranças,
que em menos de 50 anos serás esquecida,
aí não existirás mais,
o resquício de sua vida será apagada
sua identidade,
suas manias,
seus desejos...
O que importará para seus bisnetos,
se gostavas de doces,
de ver jornal,
novela,
o que importará a instrução que não teves
ou seu saber sabido das coisas do mundo...
Não importas para ninguém...
Agora o que te resta é deliciar- te com o fim que se aproxima
e quem sabe viver uma nova vida, sem significado, sem significância
para ser novamente esquecido...
És apenas um número de CPF.

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O Guardião dos Sete Portais das Trevas, ensina:
"Não pense que consegui meu poder, sendo um tolo. Sempre dormi com um olho aberto. Nunca deixei uma ofensa sequer sem resposta, nem um inimigo mais fraco sem conhecer meu poder. Nunca deixei de respeitar um igual, ou de temer um mais forte. Foi assim que consegui tanto poder. Também nunca sai da Lei do Carma. Não derrubo quem não merece, nem elevo quem não fizer por merecer. Não traio ninguém, mas também não deixo de castigar um traidor. Leve o tempo que for necessário, eu castigo. Não castigo um inocente, mas não perdoo um culpado. Não dou para um devedor, mas não tiro de um credor. Não salvo a quem quer perder-se. Mas não ponho a perder quem quer salvar-se. Não ajudo a morrer quem quer viver, mas não deixo vivo quem quer matar-se. Não tomo de quem achar, mas não devolvo a quem perder. Não pego o poder do Senhor da Luz, mas não recuso o poder do Senhor das Trevas. Não induzo a ninguém a abandonar o caminho da Lei, mas não culpo quem dele se afastar. Não ajudo quem não quer ser ajudado, mas não nego ajuda a quem merecer. Sirvo à Luz, mas também sirvo às Trevas. No meu Reino eu mando e sei me comportar. Não peço o impossível, mas dou o possível. Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo que dou é porque me pediram. Só respeito a Lei do Grande da Luz e das Trevas, e nada mais. É isso que o Grande exige de mi, portanto é isso que exijo dos que habitam no meu Reino. Não faço chorar o inocente, mas também não deixo sorrir o culpado. Não liberto o condenado, mas também não aprisiono o inocente. Não relevo o oculto, mas não oculto o que pode ser revelado. Não infrinjo a Lei, e pela Lei não sou incomodado." Rubens Saraceni (Livro O Guardião da Meia Noite)

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