por Hector Othon
Descoberto Netuno, os astrônomos continuaram a observar irregularidade nos movimentos de Urano além dos provocados por Netuno, e até irregularidade na própria orbita de Netuno.
Percialv Lowell e William Pickering então calcularam qual seria a possível equação de movimento de um suposto planeta responsável por esta irregularidade. Em 1905 iniciou-se a busca deste novo planeta. Mas é só em 1930 que um jovem astrônomo do Observatório Lowel (Arizona) Clyde Tombaugh, conseguiu detectar e fotografar Plutão, a só 5º de erro do previsto.
Descoberto Netuno, os astrônomos continuaram a observar irregularidade nos movimentos de Urano além dos provocados por Netuno, e até irregularidade na própria orbita de Netuno.
Percialv Lowell e William Pickering então calcularam qual seria a possível equação de movimento de um suposto planeta responsável por esta irregularidade. Em 1905 iniciou-se a busca deste novo planeta. Mas é só em 1930 que um jovem astrônomo do Observatório Lowel (Arizona) Clyde Tombaugh, conseguiu detectar e fotografar Plutão, a só 5º de erro do previsto.
Historia do nome de Plutão
Duncan Moore
"Venetia Phair não é um nome que imediatamente vem à mente quando se menciona a astronomia. Mas a professora aposentada de Epsom, em Surrey, deixou sua assinatura indelével no nosso mapa do Sistema Solar.
Venetia Phair (née Burney) é a única pessoa no mundo que pode reivindicar ter nomeado um planeta.
Em 1930, com apenas 11 anos de idade, Phair sugeriu o nome de Plutão para o planeta X recém-descoberto.
Plutão, o deus romano do Submundo, acabou por ser um nome apropriado para o planeta enigmático, que reside nos confins do Sistema Solar.
O nome proposto pela então aluna de Oxford foi aproveitado no Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona, onde o planeta foi descoberto pelo jovem astrônomo americano Clyde Tombaugh.
"Eu estava muito interessada em mitologia grega e romana e lendas no momento", disse Phair à BBC.
Aos onze anos, Venetia já tinha um grande interesse em astronomia e os mitos
Na manhã do dia 14 de março de 1930, a jovem Venetia Burney estava tomando o café da manhã na sala de jantar da casa no norte de Oxford, onde morava com seu avô, Falconer Madan.
Madan, que era aposentado como bibliotecário da Biblioteca Bodleian, estava com ela lendo o jornal The Times.
Quando ele chegou ao artigo na página 14, sobre a descoberta do novo planeta, comentou sobre ele para Venetia. "Ainda consigo visualizar a mesa e a sala, mas eu lembro muito pouco sobre a conversa", disse Phair.
O artigo mencionava que o planeta ainda não tinha sido nomeado, o que levou Venetia Burney a sugerir Plutão. Na hora Phair pensou no Deus do Inferno.
Ela conta que seu avo Madan ficou tão impressionado com o nome Plutão, que foi direto para seu amigo Herbert Hall Turner, professor de astronomia na Universidade de Oxford.
"Foi uma sorte incrível em vários aspectos", explica Phair. "Em primeiro lugar, eu tive sorte em ter um avô que gostava do assunto e conhecia o professor Turner. E foi uma extrema sorte que o nome estava lá. Se eu pensei no obscuro e sombrio Hades, não tenho certeza."
Curiosamente, seu tio-avô Henry Madan, sugeriu os nomes de Phobos e Deimos para as luas de Marte.
Apesar de aposentado, Falconer Madan continuava a visitar a biblioteca Bodleian para perseguir seu interesse em Lewis Carroll e ver ex-colegas.
"Ele caminhou até a biblioteca, como de costume e no caminho ele desviou para deixar um bilhete na casa do professor de Turner", disse Phair.
Ironicamente, o professor estava em uma reunião da Royal Astronomical Society, em Londres, onde havia muita especulação sobre o nome do nono planeta.
"Nenhum deles pensou em Plutão. Este foi outro golpe de sorte", disse Phair. Quando Madan finalmente conseguiu conversar com Herbert Hall Turner, o astrônomo concordou que Plutão era uma sugestão excelente.
Herbert Hall Turner foi um dos astrônomos mais importantes da Grã-Bretanha. O professor prometeu enviar um telegrama com a sugestão para o Observatório Lowell.
Phair não ouvi mais nada sobre o assunto por mais de um mês.
Em 01 de maio de 1930, o nome Plutão foi oficialmente adotado. Quando a notícia foi tornada pública, Madan recompensada a sua neta com uma nota de cinco libras. "Isso foi inédito na época. Como um avô, ele gostava de ter uma desculpa para a presentear", disse Phair.
Phair nega boato de um boato que cresceu nos anos após a descoberta de Plutão, de que ela tinha chamado o planeta se inspirando no nome de Pluto, cão dos desenhos animados da Disney, que também estreou em 1930.
"As pessoas falavam: 'Ah, ela deu o nome do cão' Mas já foi provado que o cão foi nomeado de Pluto depois do planeta, e não o inverso Então, fui inocentada..."
O nome foi, aparentemente, adotado para o nono planeta não apenas porque era um dos poucos nomes da mitologia clássica que ainda não foram tomadas, mas também porque as duas primeiras letras serem as iniciais de Percival Lowell, o astrônomo que mais pesquisou e procurou pelo planeta X.
Venetia Phair ainda tem os recortes de jornais coletados por seu avô sobre a adoção do nome Plutão, e uma espécie de fama seguiu desde então.
"O professor que construiu o planetário no Centro Espacial de Leicester foi muito gentil e gastou muito tempo tentando nos localizar. Quando fomos visitar, fomos tratados muito bem", diz ela.
Ao longo dos anos ela tentou seguir a evolução dos estudos sobre Plutão.
Nestes links podem encontrar boas informações sobre Plutão na
Livro que fala sobre esta historia da escolha do nome Plutão: "Planetas", de Dava Sobel.
Pluto de Walt Disney
A personagem apareceu em mais de 50 episódios de desenhos da Disney, desde sua primeira aparição, em 1930, no cartoon "The Chain Gang". Pluto cativou adultos e crianças com sua personalidade quase humana, e mesmo que sua aparência tenha mudado desde os primeiros episódios, ele sempre salvou seu dono de perigos.
Assim como acontece com outros personagens longevos, a origem de Pluto gera controvérsias. Alguns especialistas apontam 1930 como seu ano de criação, enquanto outros adotam 1931. Depende do ponto de vista: foi em 1930 que o sabujo apareceu pela primeira vez num desenho dos Estúdios Disney. Aliás, eram dois sabujos. Em setembro daquele ano, em The Chain Gang (Os Prisioneiros), Mickey foi caçado por João Bafo-de-Onça, que contou com a ajuda de dois cães idênticos. Um mês depois, apenas um dos cachorros voltou em The Picnic (O Piquenique). Batizado de Rover, ele foi apresentado como o animal de estimação da Minnie. Somente em maio de 1931, na animação The Moose Hunt (A Caça ao Alce), o cãozinho apareceu como a mascote do Mickey e com o nome de Pluto - escolhido pelo próprio Walt Disney. A primeira aparição solo de Pluto, foi em 1932 no curta-metragem, Just Dogs da série Silly Symphonies.
A carreira cinematográfica de Pluto inclui aparições em mais de 100 filmes, em sua maioria curtas de 7 minutos cada. Além de contracenar com o dono, em diversas oportunidades ele dividiu a tela com Donald, Pateta, os esquilos Tico e Teco, o gatinho Fígaro (do longa-metragem Pinóquio) e uma infinidade de bichanos destinados a torrar a paciência dele. Além disso, Pluto pode se gabar por guardar um Oscar em sua casinha - o desenho Lend a Paw (Me Dê uma Pata, de 1941), protagonizado por ele, ganhou o prêmio de Melhor Curta de Animação A primeira história em quadrinhos de Pluto foi "Pluto the Pup", de 8 de julho de 1931, com desenhos de Floyd Gottfredson e Al Taliaferro. Esta história foi publicada no Brasil, somente em 2006, na revista "Aventuras Disney" 16, com o título "Pluto, O Cãozinho"
Plutão na Astronomia
http://sistemasolarvisions.blogspot.com/
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